Foram nove anos. Sábado após sábado a recordar os sons dos anos 70 e 80. Foram muitas noites feitas em bares.
Tudo começou quando a moda ainda não era moda. Sempre gostei muito do som dos anos 80. E dos 70. O meu crescimento musical deu-se na década de 80, muito graças às noites que passava na Discoteca States. Quando a moda virou moda, já cá eu andava. Divulgando um som que passava ao lado daqueles que diziam divulgar a musica e cultura dos 80. Claro, que tínhamos pontos em comum. Era inevitável! Só que eu sempre primei por um lado menos comercial. Gostos...
Não quero com isto me vangloriar. Quem me conhece sabe que não é esse o meu feitio.
Serve o presente texto, para explicar a todos os que sempre me acompanharam, que não vou fugir da RUC ao sábado entre as 15 e as 17h00.
Serve também esta “carta aberta” para dizer, que tudo tem um tempo. Desgaste? Não! Apenas vontade de fazer qualquer coisa diferente. Morrem os Discos Perdidos? Não! Estão para sempre colados a mim. Guardados na minha mala. Quem sabe voltam um dia ao éter do 107.9. Vão continuar por aí em alguns bares e festas, sempre que o queiram. Basta chamar…
Agora parto para outra. Os sábados à tarde na RUC vão ainda ser feitos de muitas recordações. Mais uma vez vou viajar para lugares pouco percorridos. Os Discos Perdidos vão dar lugar a discos ainda mais perdidos. A partir de dia 16 de Julho, nasce a Feira das Velharias, um programa que jura não vai passar os 70. Tudo o que tiver data anterior é bem-vindo. Vamos escutar bandas e artistas que fizerem a história da música. Podem ser os The Who. Os Beatles. Pode mesmo ser o Bob Dylan ou o Elvis. Sem ir tão longe, podem ser os Conchas ou o Quarteto 1111.
Sons que vão viajar pelo rock’n’roll, o pop, o jazz, os blues, o funk, o soul, o progressivo, só para citar alguns estilos. O lema vai continuar a ser: recordar é viver.
O nosso espaço virtual e enquanto outro não nascer continuará a ser:
discosperdidosruc.blogspot.com ou www.facebook.com/feiradasvelariasruc
Nuno Ávila