quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Alice Cooper em Portugal



29 de Novembro - Campo Pequeno
Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H30

Bem-vindos à Theatre of Death Tour... E ao vosso mais recente pesadelo, cortesia do incontornável ALICE COOPER! Agarrem-se às cadeiras, ou ao vizinho do lado se estiverem em pé na plateia do Campo Pequeno, e prepararem-se para ficar boquiabertos com uma actuação de puro entretenimento sem igual, ou rival, no universo do rock'n'roll. “É Alice do início ao fim, mas desta vez a fórmula está ao contrário e de pernas para o ar. É, bem vistas as coisas, uma celebração de todas as diferentes fases do Alice”, explicou o músico norte-americano, à revista Billboard, mesmo antes de iniciar a fase mais recente de uma digressão que anda pelo mundo há mais um ano e que vai, finalmente, trazer de volta a Portugal uma das figuras mais lendárias de sempre da história do rock.

É impossível não nos sentirmos atraídos pela loucura de ALICE COOPER – o carisma do lendário frontman, aliado à química que mantém com os músicos que o acompanham na estrada, promete levar o público ao rubro com clássicos como «School's Out», «No More Mr. Nice Guy», «I'm Eighteen», «Poison», «Only Women Bleed», «Under My Wheels», «Elected», «Billion Dollar Babies», «Feed My Frankenstein» e muitos outros pontos altos de uma carreira que já atingiu a marca das cinco décadas – 50 anos, durante as quais gravou 25 álbuns de estúdio, seis dos quais atingiram a marca respeitável de platina por cópias vendidas nos Estados Unidos.

Para esta digressão, o camaleónico entertainer norte-americano não promete apenas um alinhamento de luxo e uma banda intocável, garantindo também – como não poderia deixar de ser! – uma produção bem extravagante e chocante em termos visuais. Não vai haver avanços há muito aguardada sequela de «Welcome To My Nightmare», ainda em fase de preparação, mas não vão faltar outras razões de interesse nesta segunda actuação em solo nacional. Com roupeiro da autoria de Piggy D, baixista de Rob Zombie, cada uma das actuações da Theatre of Death Tour é uma sucessão de momentos arrepiantes uns atrás dos outros. Só ALICE COOPER, o protagonista principal, é “morto” quatro vezes ao longo do espectáculo – ressuscitando sempre, uma e outra vez, como se de uma fénix se tratasse. Preparem-se, portanto, para assistir – ao vivo e a cores – a decapitaçõ es, enforcamentos, empalamentos e outras formas, todas “fatais” e algumas bem inovadoras, de criar o ambiente necessário para uma performance que tanto pretende assustar como encantar. Tudo em nome do entretenimento e em prol de uma noite bem divertida.

BIOGRAFIA ALICE COOPER

Sem Alice Cooper provavelmente nunca teriam existido os New York Dolls, os KISS, o Marilyn Manson, os Nine Inch Nails, os Mötley Crüe, o Rob Zombie ou até os Slipknot... Nem sequer o David Bowie ou, pelo menos, o seu Ziggy Stardust. O icónico rocker norte-americano anulou as fronteiras entre a peça teatral, o circo e um concerto de rock e, ao longo de cinquenta anos, gravou 25 álbuns de estúdio e, durante as décadas de 70 e 80, transformou-se numa fonte inesgotável de inspiração. O seu nome está inscrito no #20 da lista dos 100 Maiores Artistas de Hard Rock para o canal televisivo VH1 e é descrito, no The Rolling Stone Album Guide, como “o adorado entertainer do heavy metal, que ajudou a moldar a sonoridade e todo o visual do estilo”. É creditado como sendo um dos primeiros artistas a adaptar o imaginário do horror ao rock'n'roll, transformando para sempre uma tendência que ainda hoje continua a dar cartas. A partir das suas raízes na cena garage de Detroit, Cooper foi expandindo a sua personalidade criativa e, ao longo da sua só por si já longa carreira, explorou uma série de sonoridades diferentes – do rock conceptual e artsy ao hard rock/glam, passando pelo heavy metal, pela new wave, pela pop/rock e até pelo rock industrial mais duro. Será para sempre lembrado pelas suas performances teatrais e chocantes, com cenários dignos de um filme de terror, muito sangue, aparelhos de tortura, mortes simuladas e maquilhagem com fartura, mas a música de Cooper é tão ou mais impressionante que o seu visual.

A carreira de Alice Cooper – como banda de adolescentes do Arizona em meados da década de 60 e antes de adoptar a cara, o corpo e a mente do seu vocalista – começou com o lançamento, em 1969, de «Pretties For You» através da editora de Frank Zappa. A escalada foi feita a pulso, apoiada na decisão de adoptarem as encenações de palco criadas por Vincent Damon Furnier – filho de um pastor católico. A sequência formada por «Easy Action» (1970), «Love It To Death» (1971), «Killer» (1971) e o polémico «School's Out» (1972) solidificou-lhes uma base de fãs e, no ano seguinte, «Billion Dollar Babies» viu-os atingir o sucesso em mais larga escala. No entanto, foi só depois da cisão com os restantes músicos, entre a edição de «Muscle Of Love» (1973) e antes da gravação do conceptual «Welcome To My Nightmare» (1974), que Furnier decidiu o usar o nome da banda para o alter-ego que criou na construção de uma muito bem sucedida carreira a solo. O tiro de partida foi dado com um álbum conceptual sobre pesadelos, mais experimental e mostrando de forma ainda mais óbvia a faceta experimental e excessiva do cantor. Dois anos e dois discos depois – «Alice Cooper Goes To Hell» e «Lace And Whiskey» – Alice é internado num hospital psiquiátrico muito por culpa do seu uso abusivo de álcool. A nova sobriedade não lhe afectou a criatividade e, recuperado, o músico voltou à carga. «From The Inside» (1978) inspirou-se no internamento, mas o músico volta a ceder ao apelo da bebida. «Flush the Fashion» (1980), «Special Forces» (1981), «Zipper Catches Skin» (1982) e «DaDa» (1983) – todos numa vertente mais experimental e, em alguns casos, surreal – é a menos consensual da sua carreira.

O músico entra numa clínica de reabilitação ainda antes do lançamento de «DaDa» e só reaparece três anos depois, em 1986. «Constrictor» marca o regresso ao bom hard rock e um segundo apogeu de sucesso, mantido por «Raise Your Fist And Yell» (1987) e pelos clássicos «Trash» (1989) e «Hey Stoopid» (1991) – que musicalmente resumem tudo aquilo que Cooper é e contam com convidados ilustres como Ozzy Osbourne, Slash, Steven Tyler, Jon Bon Jovi, Joe Satriani, Steve Vai e Nikki Sixx. «The Last Temptation» (1994), «Brutal Planet» (2000) e «Dragontown» (2001) são o há muito esperado regresso ao discos conceptuais, mas surpreendem pela sua abordagem ainda mais pesada, negra, brutal e industrial. Mais uma inflexão estilística e «The Eyes Of Alice Cooper» (2003), «Dirty Diamonds» (2005) e «Along Came A Spider», editado há dois anos, caracterizam-se por um retorno às suas raízes garage. O décimo novo disco a solo ainda não tem data de edição agendada, mas já se sabe que vai ser uma continuação de «Welcome To My Nightmare», por isso não restam dúvidas de que Alice Cooper está, sem qualquer dúvida, de volta ao que melhor sabe fazer. Paralelamente à música, o multi-facetado artista de Phoenix, no Arizona, trabalha também como actor, é dono de um restaurante de sucesso, mantém um programa de rádio e uma saudável obsessão com o golf; actividades que lhe permitem manter-se sóbrio e equilibrado.

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